Médicos na Amazônia – a solução

hospital breves

Hospital regional de Breves. Foto: Agência Pará

O problema de fixação dos médicos no interior da Amazônia tem solução? Sim, tem. E ela passa pela interiorização da formação médica. Ou seja, com a implantação de faculdades de medicina nos principais polos da Amazônia, especialmente nos locais onde houver hospitais de médio e grande porte.

Profissionais formados na região se adaptam melhor à realidade local e tem mais condições de nela se fixarem de modo definitivo.

No Pará, por exemplo, que tem faculdades de medicina nos municípios de Belém, Santarém e Marabá, se poderia e deveria abrir novos cursos, pela UFPa ou pela UEPA, em Altamira, Redenção e Breves, para cobrir melhor as necessidades do território estadual.

Nesses locais, existem hospitais regionais excelentes e em perfeitas condições de serem convertidos em hospitais universitários.

A criação de cursos de medicina implica, naturalmente, na implantação de outros cursos da área de saúde, como nutrição, odontologia, enfermagem, farmácia e biomedicina, compondo uma base mais ampla de pessoal qualificado para atender a população.

Um plano como esse levaria pelo menos seis anos para formar um médico, mas é muito mais barato do que as soluções propostas pelo governo federal, além de ser definitivo e capaz de promover a elevação da qualidade de vida da população.

Hoje, como faltam médicos no interior do estado, as prefeituras pagam mais de R$ 20 mil mensais para os profissionais. E muitas vezes não conseguem levá-los para as cidades mais afastadas. Assim, parece-me óbvio que salários de R$ 10 mil não resolverão o problema.

Ou seja: há soluções mais viáveis e realistas. Basta investir nelas. Mas, para isso, é preciso que o Ministério da Saúde incentive a interiorização das faculdades de medicina. O problema é que, para isso, é necessário que o governo pense além da próxima eleição. É preciso pensar na próxima geração!

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